domingo, 24 de outubro de 2010

Atirador, Padeiro ou Poeta?

Quando da formação do meu grupo de combate coube-me um tipo franzino, pele clara como os da cidade, direi mesmo com cara de miúdo. Uma característica me saltou à primeira vista, isto é, sempre com cara de boa disposição, não obstante o nosso futuro imediato se mostrar muito escuro. Durante a guerra foi um operacional com quem se podia contar, colaborador e nada conflituoso. Foi também um dos padeiros da 2692. O seu pão já foi bem classificado neste blogue pelo Tavares (furriel).
Passados mais de 30 anos fui surpreendido por uma faceta que eu completamente tinha desconhecido. Um dia soube até que ele ia lançar um livro de poesia. Sei que há muitos anos moureja pela estranja, mas aproveitei para o visitar na sua toca de nascimento, por altura das férias. Uma bela aldeia, Erra de nome, situada na zona de Coruche.
Efectivamente o livro de poesia foi apresentado com pompa e circunstância, e muitos foram os seus amigos e admiradores que compareceram ao evento.
Aí fica a fotografia do poeta, por mim ignorado. Como eu gostei de ter ido à tua terra e de ter estado contigo, e com a tua amorosa Júlia, naquela memorável tarde de verão. Obrigado Júnior!

1 comentário:

  1. Deixaste-me com uma "lágrima no canto do olho", mas também feliz, e confesso, "babado" com o que escreveste.
    Obrigado Carlos.
    Sempre tive por norma respeitar e quem respeita também é respeitado. Na c. cav. 2692 fui respeitado por todos e é por isso que ainda hoje sinto saudades.É verdade, apesar de tudo o que passámos,sinto uma certa nostalgia desse tempo.
    Um abraço a todos

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