BCAV 2909
HISTÓRIA DA
UNIDADE
(CONTINUAÇÃO)
(01.0003)
Além dos Fogos Reais
normais em que o tiro instintivo foi substituído por tiro de pontaria
instintiva, realizou-se também na Serra d’Ossa, com toda a segurança e cuidados
necessários, tiro real de G-3 e Metralhadora, enquadrado num tema simples, que
se revelou de valor excepcional, especialmente quando ao fogo se aliou o
movimento do pessoal que se começou a habituar a andar com a arma carregada com
bala verdadeira e a fazer fogo com ela, estando camaradas ao lado e até à sua
frente.
Como alvos foram utilizados
balões de cores, o que foi considerado muito útil por constituírem incentivo
para o atirador.
Dentro de cada exercício
procurou-se sempre e conseguiu-se que o pessoal ficasse absolutamente inteirado
da sua missão e integrado na ideia geral da acção que ia realizar-se.
Os exercícios, sempre que
possível, foram arbitrados, procedendo-se à respectiva crítica no final e
interrompidos ou repetidos sempre que conveniente.
Afim de minorar as
deficiências com que se apresentaram no Batalhão alguns dos especialistas,
especialmente condutores e transmissões, foram ele no decorrer da IAO
submetidos a intensa instrução.
Através dos exercícios de
cooperação aero terrestre o pessoal começou a aperceber-se das diversas formas
de apoio aéreo e muito especialmente das possibilidades e servidões dos meios
héli, dado que até muitos deles não tinham sequer visto nenhum desses
aparelhos.
Apesar do intenso e Árduo
esforço exigido ao pessoal em permanente ambiente de incomodidade, este reagiu
muito bem, quer fisicamente quer moralmente, sendo de salientar o grande
interesse e entusiasmo manifestados que ainda mais se acentuaram com os “incidentes”
criados pelo Comando, entre Companhias.
Acabada a instrução de
Aperfeiçoamento Operacional todo o pessoal ficou ciente de ser ela de uma
utilidade fundamental pois dentro do respectivo escalão mostrou a cada um e
pô-lo face a problemas e dificuldades, de diversíssima natureza, em que muitas
vezes, até, nunca pensara e que se habituou a dominar e vencer, através da
experiência vivida.
Não se quer deixar de
mencionar que para bem poder cumprir a sua tarefa o BCAV sempre contou com o
apoio quer do RC3 quer da 3ªRM, pois não só o Regimento facultou todo o
material disponível como o que não possuía foi fornecido por outras Unidades da
Região, ou fora desta, mercê da intervenção do QG/3ªRM.
O tempo, como que querendo
também colaborar, não fez, para a época, sentir grandemente as suas
inclemências, pois não só choveu pouco como o frio não foi muito intenso.
Todos estes factos contribuíram
para que acabada a IAO fosse ao BCAV2909 atribuída a mais alta classificação
quanto à eficiência para o cumprimento da missão: “COMPLETAMENTE PRONTO PARA O
COMBATE”.
(Extraído do relatório do Comandante Duarte Silva, depositado no Arquivo
Histórico Militar – Lisboa)
(CONTINUA)
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