terça-feira, 14 de agosto de 2012

HISTÓRIA DO BCAV 2909


BCAV 2909
HISTÓRIA DA UNIDADE
(CONTINUAÇÃO)
(01.0003)

Além dos Fogos Reais normais em que o tiro instintivo foi substituído por tiro de pontaria instintiva, realizou-se também na Serra d’Ossa, com toda a segurança e cuidados necessários, tiro real de G-3 e Metralhadora, enquadrado num tema simples, que se revelou de valor excepcional, especialmente quando ao fogo se aliou o movimento do pessoal que se começou a habituar a andar com a arma carregada com bala verdadeira e a fazer fogo com ela, estando camaradas ao lado e até à sua frente.
Como alvos foram utilizados balões de cores, o que foi considerado muito útil por constituírem incentivo para o atirador.
Dentro de cada exercício procurou-se sempre e conseguiu-se que o pessoal ficasse absolutamente inteirado da sua missão e integrado na ideia geral da acção que ia realizar-se.
Os exercícios, sempre que possível, foram arbitrados, procedendo-se à respectiva crítica no final e interrompidos ou repetidos sempre que conveniente.
Afim de minorar as deficiências com que se apresentaram no Batalhão alguns dos especialistas, especialmente condutores e transmissões, foram ele no decorrer da IAO submetidos a intensa instrução.
Através dos exercícios de cooperação aero terrestre o pessoal começou a aperceber-se das diversas formas de apoio aéreo e muito especialmente das possibilidades e servidões dos meios héli, dado que até muitos deles não tinham sequer visto nenhum desses aparelhos.
Apesar do intenso e Árduo esforço exigido ao pessoal em permanente ambiente de incomodidade, este reagiu muito bem, quer fisicamente quer moralmente, sendo de salientar o grande interesse e entusiasmo manifestados que ainda mais se acentuaram com os “incidentes” criados pelo Comando, entre Companhias.
Acabada a instrução de Aperfeiçoamento Operacional todo o pessoal ficou ciente de ser ela de uma utilidade fundamental pois dentro do respectivo escalão mostrou a cada um e pô-lo face a problemas e dificuldades, de diversíssima natureza, em que muitas vezes, até, nunca pensara e que se habituou a dominar e vencer, através da experiência vivida.
Não se quer deixar de mencionar que para bem poder cumprir a sua tarefa o BCAV sempre contou com o apoio quer do RC3 quer da 3ªRM, pois não só o Regimento facultou todo o material disponível como o que não possuía foi fornecido por outras Unidades da Região, ou fora desta, mercê da intervenção do QG/3ªRM.
O tempo, como que querendo também colaborar, não fez, para a época, sentir grandemente as suas inclemências, pois não só choveu pouco como o frio não foi muito intenso.
Todos estes factos contribuíram para que acabada a IAO fosse ao BCAV2909 atribuída a mais alta classificação quanto à eficiência para o cumprimento da missão: “COMPLETAMENTE PRONTO PARA O COMBATE”.

(Extraído do relatório do Comandante Duarte Silva, depositado no Arquivo Histórico Militar – Lisboa)

(CONTINUA)

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