BCAV 2909
HISTÓRIA DA
UNIDADE
(CONTINUAÇÃO)
(01.0002)
A instrução foi dirigida e
orientada por um comando cujos oficiais aliam aos conhecimentos gerais de uma
já longa vida militar e experiência de operações vividas no Ultramar o que lhes
permitiu efectuarem um planeamento, execução e fiscalização adequados ao fim em
vista, de forma a obter o máximo rendimento.
Os Capitães do Quadro Permanente,
beneficiando do estágio efectuado, quando subalternos, no Ultramar, e do estágio de actualização de contra-guerrilha ao nível Capitão, que havia pouco
tempo tinham frequentado na Escola Prática de Cavalaria, facilmente se
integraram e concretizaram a ideia do Comando.
O grande interesse,
dedicação e entusiasmo revelados, desde o início, pelos quadros, em que a falta
de experiência do pessoal miliciano é suprida pelo seu espírito de colaboração
e desembaraço, cedo se transmite a todo o pessoal que suportou com estoicismo e
alegria o duro esforço a que foi sujeito.
E se o nível de instrução é
já muito apreciável no decorrer da instrução das especialidades, é na Semana de
Campo dessa instrução que ele se começa a concretizar para atingir o nível
máximo na IAO.
Na instrução de Aperfeiçoamento
Operacional vive-se em ambiente de campnaha muito próximo do real, em que até o
acidentado do terreno da Serra d’Ossa e a densa arborização que a cobre se
assemelham em muito a algumas zonas da PU de destino, como seja a do Sub Sector
que nos foi atribuído à chegada.
Todo o trabalho dum
Batalhão em campanha, em todos os seus aspectos, foi posto em movimento,
começando-se a cimentar os laços de ligação entre todos os seus elementos e a
criar Espírito de Corpo da Unidade.
O Batalhão foi já accionado
com a sua constituição orgânica própria.
Analogamente ao processado
no Ultramar, nos exercícios a nível de Companhia, foi dada iniciativa aos
respectivos Comandantes, que elaboraram os PAO, submetidos à apreciação e
aprovação do Comando.
As Sub Unidades, além da
actividade operacional, tiveram de garantir também todos os outros aspectos,
especialmente o logístico.
A acção do IN figurado foi
constante e o ambiente vivido foi o de permanente actividade operacional,
idêntica à do Ultramar, tendo o pessoal de atender sempre, quer no estacionamento
quer em qualquer movimento, à sua segurança, pois “inopinadamente” quer os
estacionamentos quer o pessoal em actividade operacional ou ainda as escoltas à
água, à lenha e reabastecimentos (estas últimas quando não neutralizadas) eram
atacadas a qualquer hora do dia ou da noite, por forças IN das outras
Companhias de acordo com ordens do Comando, dadas em envelope fechado, aos
Comandantes de Companhia.
Executou-se ainda um
exercício a nível de Batalhão que se revelou extraordinariamente proveitoso
pois decorreu em ambiente muito análogo ao real.
(CONTINUA)
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