domingo, 12 de agosto de 2012

HISTÓRIA DO BCAV 2909


BCAV 2909
HISTÓRIA DA UNIDADE
(CONTINUAÇÃO)
(01.0002)

A instrução foi dirigida e orientada por um comando cujos oficiais aliam aos conhecimentos gerais de uma já longa vida militar e experiência de operações vividas no Ultramar o que lhes permitiu efectuarem um planeamento, execução e fiscalização adequados ao fim em vista, de forma a obter o máximo rendimento.
Os Capitães do Quadro Permanente, beneficiando do estágio efectuado, quando subalternos, no Ultramar, e do estágio de actualização de contra-guerrilha ao nível Capitão, que havia pouco tempo tinham frequentado na Escola Prática de Cavalaria, facilmente se integraram e concretizaram a ideia do Comando.
O grande interesse, dedicação e entusiasmo revelados, desde o início, pelos quadros, em que a falta de experiência do pessoal miliciano é suprida pelo seu espírito de colaboração e desembaraço, cedo se transmite a todo o pessoal que suportou com estoicismo e alegria o duro esforço a que foi sujeito.
E se o nível de instrução é já muito apreciável no decorrer da instrução das especialidades, é na Semana de Campo dessa instrução que ele se começa a concretizar para atingir o nível máximo na IAO.
Na instrução de Aperfeiçoamento Operacional vive-se em ambiente de campnaha muito próximo do real, em que até o acidentado do terreno da Serra d’Ossa e a densa arborização que a cobre se assemelham em muito a algumas zonas da PU de destino, como seja a do Sub Sector que nos foi atribuído à chegada.
Todo o trabalho dum Batalhão em campanha, em todos os seus aspectos, foi posto em movimento, começando-se a cimentar os laços de ligação entre todos os seus elementos e a criar Espírito de Corpo da Unidade.
O Batalhão foi já accionado com a sua constituição orgânica própria.
Analogamente ao processado no Ultramar, nos exercícios a nível de Companhia, foi dada iniciativa aos respectivos Comandantes, que elaboraram os PAO, submetidos à apreciação e aprovação do Comando.
As Sub Unidades, além da actividade operacional, tiveram de garantir também todos os outros aspectos, especialmente o logístico.
A acção do IN figurado foi constante e o ambiente vivido foi o de permanente actividade operacional, idêntica à do Ultramar, tendo o pessoal de atender sempre, quer no estacionamento quer em qualquer movimento, à sua segurança, pois “inopinadamente” quer os estacionamentos quer o pessoal em actividade operacional ou ainda as escoltas à água, à lenha e reabastecimentos (estas últimas quando não neutralizadas) eram atacadas a qualquer hora do dia ou da noite, por forças IN das outras Companhias de acordo com ordens do Comando, dadas em envelope fechado, aos Comandantes de Companhia.
Executou-se ainda um exercício a nível de Batalhão que se revelou extraordinariamente proveitoso pois decorreu em ambiente muito análogo ao real.

(Do relatório do Comandante Duarte Silva, depositado no Arquivo Histórico Militar – Lisboa)

(CONTINUA)

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