BCAV 2909
HISTÓRIA DA
UNIDADE
(CONTINUAÇÃO)
(02.0013)
SITUAÇÃO GERAL (continuação)
INIMIGO
SITUAÇÃO
EM ABASTECIMENTOS. LOCAIS DE APOIO
O IN bastante frugal e resistente, alimenta-se quase
exclusivamente com os produtos agrícolas cultivados nas suas lavras e com os
produtos da caça e da pesca.
As munições, o armamento, o sal, as roupas e os medicamentos
são trazidos do Congo por grupos de reabastecimento ou recebidos de grupos IN
localizados nos sectores vizinhos.
ASPECTOS
CARACTERÍSTICOS E PONTOS FRACOS
Como aspectos
característicos do IN, apontam-se os seguintes:
- Conhecimento profundo do terreno em que actua.
- Perfeita adaptação ao meio em que vive.
- Actua em pequenos grupos que se deslocam com rapidez e que
facilmente se dissimulam.
- É bastante resistente e frugal.
Como pontos fracos
apontam-se os seguintes:
- Dependência do exterior no que se refere aos
reabastecimentos em armas, munições, medicamentos, sal e vestuário.
- Dependência das populações refugiadas nas matas e das
respectivas lavras para obtenção dos géneros alimentícios que lhe são
indispensáveis.
- Obrigatoriedade em se deslocar rapidamente utilizando
trilhos que, por serem bem marcados, acabam por ser facilmente referenciados.
OUTROS
ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO
Numa área praticamente sem população amiga, as fontes de notícias
que se podem utilizar são os apresentados, presos, os documentos e os elementos
obtidos através de reconhecimentos aéreos.
A melhor fonte de notícias é dos elementos IN apresentados,
que devem ser utilizados como guias sempre que possível.
CONTRA
INFORMAÇÃO
O isolamento em que se vive na ZA do Sub-sector e a quase
sempre inexistência de populações, faz com que os problemas ligados à
contra-informação se apresentem à primeira vista como facilitados, sem que,
como é evidente, signifique que os mesmos possam ser ignorados ou descurados
devido ao contacto que o IN deve ter com elementos conhecedores de certos
aspectos da vida nos “quartéis”.
Dentro do Sub-sector, é necessário por em execução
rigorosamente as seguintes medidas:
- Não se executar RVIS nas proximidades da realização de uma
operação.
- As tropas só serem informadas da verdadeira finalidade da
operação ou acção no momento em que saem do aquartelamento. É necessário contar
também com a extraordinária capacidade de observação do nativo, que lhe permite
não só detectar grande parte dos nossos movimentos, como também aperceber-se do
mais ligeiro “indício técnico” das intenções das NT. Verificou-se que alguns
apresentados da Sanzala de Cambamba tinham ligações com o IN.
(Extraído do relatório do Comandante Duarte Silva, depositado no Arquivo
Histórico Militar – Lisboa)
(CONTINUA)
Sem comentários:
Enviar um comentário