Durante a nossa campanha militar em Angola, faleceram 2 camaradas em combate.
Um deles assentou praça, tal como eu, o Silvestre,o Ferreira, o Borreicho, o Augusto e o Galante, (não sei se citei todos), Em Beja no R.I.3.
Fizemos parte do mesmo pelotão na recruta e depois, também no quarto pelotão da CCAV. 2692 do BCAV. 2909, comandado pelo camarada alf. mil. Carlos Dias.
Refiro-me ao primeiro cabo Jorge Manuel de Oliveira António, vitimado pela explosão de uma bomba aramadilhada, em 19.02.1972.
Foi um camarada de quem sempre gostei muito, era leal e amigo e sempre bem disposto.
Peço perdão, se estou a ferir a sensibilidade de alguém, ao citar o nome, mas tenho de dar a conhecer esta quadra que foi escrita pouco dias depois da sua morte e que permaneceu no segredo dos Deuses até hoje.
Ao Jorge António esta homenagem
António, amigo, irmão
Neste meu peito saudade
Filha da condenação
De tão nova eternidade
José Diogo Júnior
Falar no Jorge António é lembrar um dos nossos melhores. Embora passados tantos anos, ainda é trazer à minha mente o dia mais negro de toda a minha vida. O nó já não desata. Mas por teres partilhado connosco esse teu íntimo e poético flash mereces, também por isto, especial apreço da minha parte. Obrigado, Júnior!
ResponderEliminarComo todos sabem,o Jorge era conhecido por "saca-vem".Chegámos à conclusão que tinha-mos amigos
ResponderEliminarcomuns, resolvemos portanto tirar uma foto para
enviar para a malta. Infelizmente nunca foi e eu
guardo religiosamente essa foto.
Claro que eu queria escrever "Sacavem", penso
ResponderEliminarque infelizmente o Junior está enganado,estou
a lembrar oRodrigues e outro que agora não me
lembro,fora o Sanches e Simões evacuados etc...
Eu escrevi que morreram dois camaradas em combate. A saber: Soldado Manuel Francisco da Conceição Rodrigues, faleceu a 7.12.71 e o Jorge a 19.02.72.
ResponderEliminarSe a memória não me atraiçoa veio a falecer já no continente o primeiro cabo Henriques que tinha sido ferido em combate.
Mais mortes resultantes da guerra não tivemos, graças a Deus e à disciplina militar que caracterizou o nosso batalhão.
Um abraço a todos e até ao noosso encontro já no almoço no Crato.
Quadra muito bonita, profunda: saudade, que saudade? Aquela que é maior, a que é filha da eternidade!
ResponderEliminarGostei muito desta quadra, religiosamente guardada por quarenta anos!
Os nossos mortos estarão sempre na nossa memória até que a eternidade também nos chame, saibamos honrá-los e seguir o exemplo de vida que nos legaram.
Um abraço grande do Tavares