Sus-A-Eles
Sus-A-Eles é a adaptação da célebre frase de D. Nuno Álvares Pereira, "Sus a eles", quando partia para mais uma batalha contra o inimigo castelhano. Quem são eles? Eles estão por toda a parte, a eles se referia o Zeca Afonso na canção dos vampiros: "eles comem tudo, eles comem tudo, e não deixam nada". Eles são os que usam a palavra para esconderem as suas reais intenções
Provavelmente "Eles" nunca estiveram tão organizados como hoje, já que se organizam globalmente, e é a nível planetário que tudo querem comer deixando aos povos as migalhas que lhes não fazem falta para os iates de luxo, para as viagens a rotas exóticas e para alimentarem vidas de vícios e, acima de tudo, entrarem num jogo político que os legitima através daquilo a que chamam democracia. Nesse jogo têm de comprar votos já que o povo não os conhece e vota "cego" - leiam o ensaio da cegueira de José Saramago uma das suas mais importantes obras à qual não é dado o relevo que merece, pois, a "Eles" não interessa abrir olhos aos cegos.
Serve esta pequena introdução, neste meu primeiro post, para que me possam situar: não sou político o que de modo algum quer dizer que não seja interveniente, defensor de uma democracia real e séria e que grito "Sus-a-Eles" face ao despotismo, à corrupção e à mentira. Coloco-me sempre do lado dos mais fragilizados daqueles que precisam e tenho as maiores reservas face aos poderosos e ao Poder em geral. Alguém escreveu que o poder corrompe, corrompe sempre! Só um poder que emanasse das bases e do povo poderia garantir que a corrupção seria combatida.
Tenciono escrever posts que reavivem memórias do tempo do Mucondo, de Nanbuangongo, de Santa Eulália, enfim de todos os locais por onde caminhámos, obrigados a uma guerra que decerto não era nossa, era d'Eles, mas que se abrirmos bem os olhos podemos identificar n'Eles alguns que se mantêm à tona, na crista da onda. Pelos menos as famílias são as mesmas! Famílias que têm dominado Portugal desde o tempo do Marquês de Pombal, mantêm-se sempre do lado do poder, seja ele de direita, de esquerda ou de coisa alguma, apenas querem estar sentados à mesa do grande banquete que é o orçamento do Estado.
(José António da Silva Tavares)
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